
Ninguém sabe ao certo onde ou quando surgiu o costume de usar amuletos para atrair proteção e boa sorte. Esses pequenos objetos imantados por energias mágicas figuram em todas as culturas desde a Antiguidade. A eles são atribuídos os poderes de transformar o destino, espantar o mau-olhado e atrair fortuna, amor e saúde.
O significado varia conforme o formato e o símbolo que carregam: “Os amuletos revelam nossa visão mágica do mundo. Seja qual for a origem ou o instrumento escolhido, a finalidade desses aparatos é a mesma: buscar ajuda divina para que os desejos de quem os usa se manifestem”.
FIGA: de acrílico, esta peça é releitura irreverente de um dos amuletos mais populares: a figa. De acordo com a tradição afro-brasileira, ela dá sorte e proteção. “fecha o corpo”, deixando quem a usa salvo de agressões físicas e espirituais. Simbolicamente,a mão com o polegar alojado entre o dedo indicador e o médio remete ao ato sexual. Por isso, não são poucas as culturas que a empregaram como símbolo de fertilidade
PULSEIRA DE PROTEÇÃO: este amuleto é composto por sete pingentes. Além do poder individual atribuído a cada um deles, ele ainda irradia as vibrações do número sete. São sete os céus no budismo, sete os braços do candelabro judaico e sete as linhas dos orixás na umbanda.
Entre os pingentes, o Sol e a Lua simbolizam o masculino e o feminino. A figa traz sorte, o coração evoca o amor, a chave abre os caminhos, a moeda chinesa atrai fortuna e prosperidade, enquanto a pomba do Espírito Santo protege.
AGNUS-DEI- o nome vem do latim, significa “cordeiro de Deus” e está relacionado a Jesus, a quem São João Batista se referia utilizando essa expressão. É símbolo de proteção e, conforme o costume cristão, deve ser abençoado e utilizado todos os dias. Em geral, o agnus-dei tem a forma de coração e traz essa inscrição no centro.
OLHO GREGO –utilizado como pingente ou objeto de decoração, sua principal finalidade é proteger contra energias negativas, mau-olhado, inveja. Seja qual for o tamanho, a peça deve ser sempre azul e de vidro.
Essa cor absorve e filtra as vibrações nocivas. Já o vidro costuma rachar quando saturado de energia- sinal de que o amuleto cumpriu sua função. Os cacos devem ser jogados fora e peça substituída por uma nova. Quando usado, para a proteção do ambiente, deve ser fixado perto da porta de entrada de modo que não fique balançando, pois assim ele perde sua eficiência.
ESCAPULÁRIO- trazendo a imagem de Nossa Senhora do Carmo atrás e a do Sagrado Coração de Jesus à frente, o escapulário é utilizado como escudo protetor. Também conhecido como Betinho do Carmo, existe desde o século XII e é uma das formas de devoção a essa santa. No dia-a-dia, deve-se sempre rezar uma oração para si, para a igreja e para as carmelitas.
CRUZ- diferentemente do que se imagina, a cruz não é um símbolo exclusivo do cristianismo. É um dos signos universais mais antigos, com registro nas culturas egípicia, chinesa, babilônia e também mexicana e peruana. Curiosamente, os significados da cruz são semelhantes nas várias religiões: remetem a ressurreição, fertilidade e recriação.
TALISMÃ DO BRASIL- o portador deste amuleto está protegido por vários símbolos. A fita do Bom Fim concede três graças e a pimenta e o alho guardam contra mau-olhado. A ferradura com a inscrição do número 13 e a figa adicionam sorte ao conjunto. A chave abre caminhos e o colar com as sete linhas oferece a bênção e proteção dos orixás, as divindades da umbanda e do candomblé
PULSEIRA DE TALISMÃ- esta pulseira reúne amuletos de diferentes culturas. O gatinho com a pata erguida, o Maneki-neko, é um dos símbolos de sorte e prosperidade mais populares do Japão. Acredita-se que, quando a para direita do animal está levantada, ele traz sorte e felicidade. O vajra é usado em cerimônias religiosas tibetanas, representa o corpo –cabeça, braços, pernas –e abre caminho para o conhecimento superior. Da tradição judaica, a mão aberta afasta maus espíritos e má sorte. A estrela de Davi tridimensional é o símbolo de proteção dos judeus. A cruz cristã representa a elevação espiritual. O anjo da guarda protege. O saquinho de ouro chama dinherio.
TESOURO DA SORTEAs garrafinhas da sorte têm sal grosso, que protege. O alecrim é escudo contra doenças e espíritos malignos. Pimenta preta e urucum irradiam a força da terra. A semente vermelha livra de inveja. Cristal concentra a energia do cosmo e alfazema purifica. E a estrela é símbolo da luz espiritual.
MUIRAQUITÃ- de origem amazônica, é símbolo de fertilidade e de felicidade no casamento. Diz a lenda que este amuleto era originalmente produzido pelas icamiabas, índias guerreiras, e dado aos homens que visitavam suas terras. Após um ritual de canto e dança, elas mergulhavam nas águas e retiravam de suas profundezas o barro e as pedras para esculpir o talismã. Os que o possuem devem fazer um único pedido. A cada novo desejo, é preciso providenciar um amuleto novo.
DARUMÁ- os bonecos da sorte japoneses representam o Bodhidarma, um monge do século VI fundador do zen-budismo chinês. Diz a lenda que ele passou nove anos meditando numa caverna sem piscar ou mover os olhos. Por isso, os darumás simbolizam perseverança e sucesso. A pessoa que o adotar como amuleto faz seu pedido e pinta o olho esquerdo do boneco. Quando o desejo se realizar, deve-se pintar o outro olho.
COLAR CELESTIAL- as pedras preciosas ativam ou evitam determinadas energias. Pérola simboliza a Lua, a alma, a abundancia e a realização dos desejos inconscientes. Coral promove ação e estímulo e potencializa a energia sexual.
Crisoberilo, associado aos cometas, sugere libertação e renascimento. Safira-azul ajuda nas realizações materiais. À granada-escura atribui-se o poder de esclarecer processos obscuros. Esmeralda estimula a energia mental e a comunicação. Cristal, oferenda a Vênus, deusa do amor, auxilia nas questões eróticas e românticas. Rubi, ligado ao Sol, simboliza a energia vital. O citrino emana a força da expansão, da fé e da religiosidade.
ELEFANTE- é sempre associado à boa sorte. Diz a cultura popular que a estatueta deve ficar de costas para a porta, atraindo bons fluídos para dentro da casa. A origem deste amuleto remonta à religião hindu, que atribui ao deus Ganesha, que tem cabeça de elefante e corpo de homem, o poder de abrir caminhos e trazer fortuna.
COLAR INDÍGENA- produzido pelos índios kritati, do Maranhão, afasta maus espíritos e mau-olhado. Segundo eles, as sementes vermelhas, marrons e pretas dissipam energias nocivas.
PATUÁ- este amuleto incorpora símbolos cristãos e africanos. Nossa Senhora protege. Santo Expedito resolve as causas impossíveis. Santo Antônio é padroeiro do casamento e do amor. A semente vermelha de pau-brasil simboliza a proteção da natureza. Já a figa, símbolo africano de fertilidade e força, garante a sorte. O patuá traz ainda uma Oração de São Gregório, que guarda a casa da família.
Fonte: bons fluídos
Ivanih Bianco
19-3462-9248