Sereia
Blog da Esotérica Ivanih Bianco
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SEREIA
Sedutoras,
belas, dona de voz inebriante, sempre convidando os viajantes a se perder nas
profundezas do mar. Assim são as sereias.
Da
mitologia grega às histórias infantis, essas figuras lendárias encantam e,
através dos tempos, nos ensinam que é melhor não acreditar nas aparências.
O ENCANTO DAS SEREIAS
Reza
a lenda que essas criaturas, metade peixe, metade mulher, habitavam os rochedos
escarpados entre as Ilhas de Capri e o litoral da Itália. Mas pelo mundo afora
elas vivem no imaginário de crianças e adultos, languidamente estendida sobre
rochedos, penteando longos cabelos por horas a fio. Cantam, encantam e, ao
mesmo tempo, desafiam os homens a resistir a tanta beleza.
Mais
que belas figuras, digamos que no dia-a-dia alguns momentos sejam inspirados
pela energia das sereias. Elas representam a ilusão que a todo momento pode nos
fisgar e ludibriar a razão, simboliza a fraqueza da alma em acreditar no
mundo das aparências: “A característica
dos semi-animais de seduzir para matar é clássica e provavelmente vem da
serpente que seduz, encanta e mata”.
“As
sereias representam exatamente o que acontece quando nos deixamos encantar pela
beleza física, pela primeira impressão de alguém ou de uma situação. Fatos ou
pessoas envoltos numa “embalagem enfeitada”podem nos parecer tremendamente
atraente. Porém, se não nos dermos a chance de conhece-los por dentro, fazer um
julgamento mais profundo do que nos é apresentado, corremos o risco de nos
perder, no amor, na confiança, na vida”.
No
caso da sereia, além da sedução física, há o encantamento da voz. Ela nos
ensina, portanto, que a alma deve entoar a melodia, e não meras palavras. A
mitologia grega dá o exemplo de como conseguir estar diante do encantamento sem
se deixar levar para o fundo das águas.
Consta que terminada a Guerra de Tróia, o herói Ulisses, ao retornar a Ítaca-
sua terra natal- foi obrigado a passar por um lugar onde havia muitas sereias.
Então, ordenou aos marinheiros que vedassem os ouvidos com cera para não
escutar o canto fatal e amarrou-se ao mastro da embarcação para, assim ouvir as
sereias sem perigo. Ao perceber que Ulisses escapara ao encantamento, tomadas
de indignação, elas lançaram-se ao mar.
“O
que Ulisses faz é um excelente paradigma. Sabendo da força sedutora das
sereias, ele resiste e consegue se salvar
do perigo que elas representam.
Nos
alerta contra o risco de confundir essência e aparência”.
AMOR E IMORTALIDADE
Nas
histórias infantis as sereias são mais doces e transmitem uma lição de
generosidade e esperança. Há uma história
real que uma escritora que um humilde pescador que fisgou uma linha
fêmea de escamas vermelhas e pela qual se apaixonou. Em vez de mata-la,
devolveu-a ao mar e mergulhou com sua amada numa exploração das profundezas do
oceano. Fantasticamente, ele fecunda os ovos dela. Antes que os filhotes
nascessem, o pescador, que era humano, teve de voltar para a superfície e
conformar-se a viver com seus semelhantes. Apesar de procura-la, nunca mais
encontrou essa fêmea de escamas vermelhas. Anos mais tarde, vagando pelas águas
num barquinho, deparou-se com um ser magnífico, metade gente, metade peixe. Era
sua filha, fruto do amor profundo e verdadeiro que jamais havia abandonado seu
coração.
SEREIAS BRASILEIRAS
As
longo do tempo, o mito da sereia se transformou, fundiu-se com outros e gerou
duas importantes entidades do imaginário brasileiro. A temida Iara, que nasceu
das tribos tupi-guaranis, atrai os homens para o fundo do mar. Mas é em Iemanjá
que nossa sereia encontra maior expressão. Ela é o Orixá feminino das religiões
afro-brasileiras, mãe de todas as divindades, rege o mar e os amores, porém não
ostenta um rabo de peixe.
Na
Bahia, está associada a Nossa Senhora da Conceição, do Carmo, da Piedade, das
Candeias, das Dores e do Rosário. A pedra e a concha do mar são seus emblemas e
ela carrega, ainda, um leque e uma espada. Vermelho, rosa e azul são suas
cores, e suas filhas-de-santo usam pulseiras e contas na forma de pingos
d’água. Sua festa anual varia de acordo com a religião: na Bahia, acontece no 2
dia de fevereiro. No Rio de Janeiro, o culto a Iemanjá marca a virada do ano.
Milhares de pessoas lotam a beira-mar para fazer pedidops e oferecer flores e
presentes. Um ritual de fá, beleza e alegria.
Axé
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