Lua Nova de Escorpião – LUA DA TRANSFORMAÇÃO - PARTE 01







Blog da Esotérica Ivanih Bianco 

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As fases da Lua, em constante mudança, representam um fenômeno geocêntrico singular.
Elas só podem ser vistas da Terra, portanto, relacionam-se especificamente com o reino da consciência humana.
Na realidade, a Lua não muda, exceto no seu relacionamento com o Sol. Em um nível simbólico, aquilo que muda é a maneira pela qual percebemos essas energias e, consequentemente, como nos relacionamos com elas.
A Lua Nova marca o início do ciclo de Lunação no qual somos direcionados ao impulso do novo e ao começo de um movimento seja ele qual for. Encontramos disposição para semear. É o momento onde as sementes começam a germinar e iniciamos nossa caminhada em direção a um objetivo específico.
Nesta Lua Nova de novembro celebramos mais um renascimento, um salto em direção á Luz após um dos momentos de escuridão mais profundos do ano, pois estamos vivenciando dois acontecimentos impactantes simultaneamente: a passagem do Sol e da Lua pelo signo de Escorpião e a Ocultação de Vênus pelo Sol no mesmo signo.
Esse renascimento de Vênus ocorre em cada um de nós, a cada 584 dias, mas cada vez em uma região do Zodíaco, nesta seqüência: Áries, Escorpião, Gêmeos, Capricórnio e Leão, percorrendo o ciclo completo ao longo de oito anos, quando então volta ao ponto de onde partiu, somando um total de 5 conjunções inferiores com o Sol – formando a figura de um pentagrama em nosso mapa individual. Quando a deusa Inanna, a rainha sumeriana do céu (a primitiva forma de Ishtar, Afrodite e Vênus), desce ao reino de sua irmã, Ereshkigal, a Senhora da Grande Região Inferior trata sua brilhante e bela irmã de acordo com as leis e ritos válidos para qualquer um que entre no reino: Inanna é levada “nua e de joelhos”, enquanto suas roupas e insígnias reais são ritualmente rasgadas em cada um dos sete portais do inferno.
Solicitando entrada no kur, o ‘mundo do não retorno’, o guardião pergunta pelo motivo e ela responde que vem por causa de sua irmã mais velha, Ereshkigal, que se contorcia em dores.
Foi-lhe exigido, a cada portal, que se desfizesse de uma de suas muitas insígnias, de modo que adentrou nua o grande salão real, dirigindo-se diretamente ao trono. Então Ereshkigal fitou Inana com os olhos da morte. Ela pronunciou contra ela a palavra da ira. Ela bradou contra ela o grito da culpa”. E assim, Inana se tornou um pedaço de carne apodrecendo, pendurada num gancho.
Ao desfazer-se de suas insígnias como Rainha do Céu, Inana vai de encontro aos seus aspectos mais escuros, mais reprimidos. Inana e Ereshkigal são aspectos polarizados de uma mesma totalidade: os aspectos claro e escuro da Grande Deusa. A lua cheia e a lua negra, acertadamente chamada de lua nova, porque é nas profundezas da não existência, do caos, das trevas, que a vida se renova, renasce. É na profundeza de nossas dores que cicatrizamos nossas feridas e reconhecemos a força para renascer.

Axé

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