Sensibilidade a flor da pele


Nossa pele é sensível porque apresenta vários tipos de receptores nervosos e são esses receptores que lhe permite ter sensações tais como: detectar alteração de temperatura (calor-frio); sentir dor ou carinho; perceber o toque de alguém.

A nossa pele é uma captadora de estímulos ambientais, e mais do que isso, é também capaz de refletir as sensações dos nossos órgãos internos e sentimentos da nossa psiquê.

Como a nossa pele é uma grande superfície de projeção e recobre todo nosso corpo, ela tem a propriedade de mostrar, através de suas alterações, o nosso estado interior bem como nossos conflitos psíquicos.

Um exemplo disto é a famosa expressão popular: "José está com os nervos à flor da pele". Neste caso, a pele está tentando aliviar toda a irritabilidade, ansiedade ou outro desequilíbrio emocional deste indivíduo, na intenção de não sobrecarregar o seu sistema nervoso. É como um copo cheio de água, onde caiu mais uma gota. O copo transbordou, e a água esparramou para fora. O ser humano reage da mesma maneira, a sobrecarga emocional é tão grande que transbordou, neste caso, para a pele. Em conseqüência, temos um aumento da sensibilidade cutânea. É como se todos os receptores nervosos da pele estivessem saturados de irritação, e na verdade eles estão hipersaturados, daí vem a expressão popular "...com os nervos à flor da pele."

As pessoas que vivem constantemente em estado de alerta, não conseguem relaxar, não dormem direito, não descansam o suficiente, por isso são as que apresentam maior sensibilidade cutânea. Qualquer machucado ou lesão de pele dói muito, assim como qualquer carinho ou leve toque é suficiente para provocar sensações nem sempre agradáveis, tudo devido à hipersaturação das ramificações nervosas da pele por este estado de atenção e sobrecarga constante.
Em termos mais técnicos, dizemos que o limiar dos receptores nervosos é menor, por esse motivo eles são mais facilmente acionados.

Para quem ainda tem dúvidas a respeito da nossa pele como superfície de projeção das nossas sensações psíquicas, vamos citar alguns exemplos:
"João ficou roxo de raiva"
"Marcos ficou verde de ódio"
"Júlio ficou branco (pálido) de medo"
"Alberto ficou vermelho de vergonha"
Assim como essas existem outros tantas situações.

Carl.G.Jung foi quem primeiro investigou esses e outros reflexos na pele das reações psíquicas, utilizando aparelhagem eletrônica. Graças a essa iniciativa, podemos nos dias de hoje, medir a condutividade elétrica da pele, e analisar suas alterações, conforme o assunto, tema ou palavra pronunciados pelo indivíduo. Dependendo do assunto abordado, o indivíduo apresenta uma sensação emocional (alegria, tristeza, raiva, medo) e essa sensação provoca uma reação cutânea mensurável eletronicamente. Este é o princípio do detector de mentiras.

"O pensamento provoca uma sensação emocional que provoca uma reação (no caso cutânea)".

Lembram da PNL (Programação Neurolínguistica), tão difundida ultimamente no Brasil? Existe uma frase que expressa bem isso:

"PENSAMENTO GERA SENTIMENTO, QUE GERA AÇÃO".

Pois é isso aí!! O pensar criou uma sensação e esta se manifestou na pele (ação).

Dessa forma, somos capazes de estabelecer uma relação direta entre o estado psicológico, emocional, sensação e seu reflexo na pele.

A nossa pele é um dos nossos 5 sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato. É através deles que percebemos o mundo, e a pele com sua característica do tato nos propicia não só o conhecimento e a descoberta de objetos, formas e texturas; mas também o conhecimento e a descoberta de outros seres humanos como nós, com os quais podemos ter maior ou menor afinidade.

Isso me faz lembrar outra expressão, também muito usada "Tudo é uma questão de pele". E quando usamos esta expressão?
Quando nos referimos a alguém por quem temos maior ou menor atração?

Novamente é nossa sensibilidade e condutividade elétrica (energia circulante na superfície da pele) que nos transmite tal sensação.

É como diz a canção: "... não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo, agora , há tanta vida lá fora e aqui dentro, sempre ..... como uma onda no mar...".- Não fuja, nem finja que não sente. Tem tanta vida no ambiente e dentro de você mesmo(a), basta sentir.

Aceite sua pele e as sensações que ela transmite.

Sua pele respira e vive através de sensação, permita-a respirar sentindo.

Reconheça em cada sensação um aprendizado de si mesmo(a) emitido pelo mundo externo.

Até a próxima, e

SAÚDE À VIDA!!!

Dra. Anna Helena Cobra Castelleti

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